O Brasil é um dos maiores paradoxos do mundo. Um país que tem tudo para ser uma super-potência (poderíamos estar competindo com os Estados Unidos, com a China, com o Japão e com União Europeia), mas estamos muito longe disso, nunca conseguimos sair do “mais ou menos”. Brasil é um país que sempre parece que vai avançar e só parece que vai, mas nunca vai. De fato melhora em algumas questões, porém não são o suficiente para nos tornarmos desenvolvido. Não é a toa que a economista Laura Carvalho criou o conceito “valsa brasileira”, ao qual afirma que o Brasil dá um passo para frente e dois para trás. Se a China é o milagre econômico do século XXI, o Brasil está na outra ponta, é o maior fracasso.

O Projeto Nacional de Desenvolvimento do Ciro Gomes é urgente. O Brasil enfrenta uma crise sem precedentes, de todos os sentidos. Se estamos no fundo do poço, o Brasil está cavando para ficar mais fundo. Infelizmente temos o pior presidente da República da história política brasileira no pior momento para enfrentar, e também é o pior governante em exercício no mundo. Entretanto, para quem é sensato e bem informado, o Projeto Nacional de Ciro Gomes é como se fosse uma luz no fim do túnel. Um paraíso depois da tempestade. O projeto dele consiste em dois pontos principais: soberania e desenvolvimento. O Brasil, atualmente, é algo ao contrário de um país soberano, somos uma colônia do Império Estadunidense (que na minha opinião é o grande mal a ser enfrentado). Um país soberano é autonômo, independente nas suas próprias decisões, e sem soberania não há desenvolvimento, como diz o nosso grande estadista Getúlio Vargas.

Não conquistaremos soberania de um dia para o outro, Ciro sabe muito bem disso. Para se alcançar aos poucos a nossa soberania, ele propõe usar o Estado como líder do processo de estabilização junto com o mercado. Estado + Mercado, eis a fórmula de desenvolvimento. Essas duas forças trabalhando juntos, de uma maneira harmônica, trará crescimento à curto e médio prazo, e tudo isso, como diz Ciro, com sanidade fiscal. Ele também identifica quatro grande setores enegéticos que é o petróleo, o complexo industrial de saúde, o complexo industrial do agronegócio e o de defesa. Para ele, o agronegócio não é pop, não é tudo, pois emprega pouco e exige pouca sofisticação tecnológica. Nenhum país se desenvolveu e se tornou rico sendo uma fazenda. Ele propõe uma atenção maior a uma política industrial, pois apenas com um grande complexo industrial é possível se desenvolver, e o Brasil tem todas as condições possíveis para criar esse complexo. O nosso presidenciável também propõe amplas reformas como da educação, da saúde, da previdência, fiscal, etc. e que depois dessas reformas, é muito importante que a classe política esteja sintonizada com as mudanças.

Se tentarmos resumir em poucas palavras, o que o Ciro nos ensina em seu livro seria: “olharmos para o futuro”. É isso que precisamos fazer, olhar o futuro e, também, olhar para dentro de si, buscar ser soberano, ter autonomia em nossas decisões, não deixar ninguém nos dominar e de nos tornamos vassalos. Infelizmente o Brasil é tudo isso, é um vassalo, um dominado, uma colônia. Por isso a urgência do Projeto Nacional do Ciro Gomes e de colocá-lo em prática, de resgatar a nossa auto-estima de sermos brasileiros, de resgatar a nossa soberania. Ciro é o único político atualmente que propõe um projeto nacional, é o único político que discute racionalmente política e enxerga-a como uma ciência e não como uma mediadora moral. “Projeto Nacional: o Dever da Esperança” é o melhor livro para se discutir o Brasil atual. Se apresenta como uma leitura obrigatória, independentemente da orientação política das pessoas. O presidenciável demonstra um conhecimento profundo, um pragmatismo, e ideias de como desenvolver um país. Praticamente é um manual da presidência da república. Ninguém duvida, e até os seus próprios adversários não duvidam, que o Ciro Gomes sabe governar e que é capaz de colocar o país num ciclo virtuoso de crescimento, por isso o medo deles em verem ele como presidente.

Joao Marcelo é professor de História, acadêmico de Filosofia na UFMS, Pedetista e membro do Movimento Trabalhista Pela Educação